| 15/09/2008 18h05min
A presidente do Conselho Estadual da Cultura, órgão independente que aprova a liberação de recursos públicos para eventos culturais, Mariângela Grando, teve uma conversa com o coordenador da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), Fábio Rosenfield, gravada.
— Sacanagem da grossa! O Giovani Grizotti vai botar meu nome na lama, entendeu? Eu vou ter como me defender. Agora, pode saber de uma coisa. Eu posso sair chamuscada, agora a Mônica (Leal) vai sair em cinzas.
A manifestação se deu após ter sido procurada pela reportagem da RBS TV para dar explicações sobre como a compra de produtos de uso pessoal que apareceram na prestação de contas do filme Concerto Campestre, do qual foi produtora-executiva.
Em outro trecho ela propõe que a secretária Mônica se demita e diz:
— Eu não vou dizer tudo que tenho em mãos. Surpresa, surpresa. De mocinha a virar bandida.
Mariângela admite ter feito a ligação, mas se defende
dizendo que as denúncias são de má-fé.
— Se há
comprovante de ressarcimento da LIC em 2002 é porque há irregularidade na prestação de contas — afirma.
Sobre as supostas ameaças proferidas por Mariângela, a secretária da Cultura, Mônica Leal, diz que vai consultar um advogado e tomar as atitudes cabíveis. Mônica diz que, tecnicamente, a maneira como foi feita a prestação de contas não está correta.
— Esse projeto já foi encaminhado para a PGE (Procuradoria Geral do Estado) que vai resolver o que fará —disse Mônica.
O filme
Orçado em R$ 5 milhões, o filme recebeu um R$ 1 milhão da Lei para bancar o projeto. Na prestação de contas da verba pública que ajudou a financiar as gravações, aparecem despesas que nada tem a ver com a produção. Em supermercados, foram comprados salmão e até pêra importada. Documentos obtidos pela reportagem confirmam a irregularidade.
Confira abaixo a matéria da RBS TV,
com o contraponto de Mariângela sobre a suspeita.
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